imagesBrasília, 30 de outubro – Reeleita, a presidente Dilma Rousseff deu entrevista na noite da última segunda-feira (27) ao Jornal Nacional prometendo tratar de reforma tributária e política.

Dilma disse que, antes do fim do ano, anuncia medidas claras sobre a economia, mas ela não foi específica.

Nada de agenda no Palácio do Planalto. A presidente Dilma passou todo o dia no Palácio da Alvorada. Ela se reuniu com alguns ministros, recebeu amigos e cumprimentos de chefes de Estado, por telefone e pela internet.

O presidente americano, Barack Obama, destacou que o Brasil é um importante parceiro, e que quer discutir maior colaboração para promover a segurança global e a cooperação nas áreas de educação e energia.

Da Rússia, Vladimir Putin confirmou a intenção de continuar a cooperação nas Nações Unidas, no G-20 e nos BRICS, e o francês François Hollande ressaltou, como prioridade, o diálogo sobre o clima.

MUDANÇAS NA ECONOMIA

À noite, a presidente reeleita foi entrevistada no Jornal Nacional. Em um dia com bolsa em queda e dólar em alta, Dilma Rousseff prometeu mudanças na economia, e disse que medidas devem ser anunciadas no mês que vem.

“Eu, inclusive, externei ontem (domingo, 26) que eu não não ia esperar a conclusão do primeiro mandato para inciar todas as ações no sentido de transformar e de melhorar o crescimento da economia.

Agora, o que eu quero dizer também, é que outra coisa que eu disse que eu vou praticar, eu vou abrir o diálogo com todos os segmentos. Eu acho que a palavra-chave agora é o diálogo. Eu quero dialogar com setores empresariais, com setores financeiros, com o mercado, fora do mercado, para discutir quais são os caminhos do Brasil.

Acho que nós temos de passar por esse processo. Eu pretendo colocar de forma muito clara quais são as medidas que eu vou tomar“.

REFORMA TRIBUTÁRIA

A presidente também falou sobre a necessidade de se fazer uma reforma tributária.

“Eu tenho a convicção que o Brasil precisa de uma reforma tributária, precisa de simplificar tributos. É impossível continuar com a sobreposição e com a guerra fiscal. Nós, eu acho que reduzimos e muito a guerra dos portos, mas a guera fiscal ainda ela permenece. E é um dos desafios que eu vou ser, ter de encarar”.

REFORMA POLÍTICA

Dilma Rousseff ainda voltou a defender um plebiscito para a reforma política.

“Esse processo de consulta popular, ele é essencial para se fazer reforma política. Muitos setores têm como base dessa reforma política a proibição de contribuições empresariais de campanha. A partir da reforma, só seriam possíveis contribuições privadas individuais, não seria possível empresarial. Tem várias propostas na mesa, a oposição fala muito em fim da reeleição, enfim, tudo isso tem de ser avaliado pela população”.

COMBATE À IMPUNIDADE

Dilma Rousseff se comprometeu em combater a impunidade.

“Você pode ter certeza que eu farei o possível para colocar às claras o que aconteceu neste caso da Petrobras e em qualquer outro que aparecer. Não vou deixar pedra sobre pedra, vou investigar e não é aí apenas divulgando seletivamente informações. Eu vou fazer questão que a siociedade brasileira saiba de tudo”.