Brasília, 25 de junho – Deixar escapar entre os dedos possibilidades de concretizar investimentos públicos é um peso sobre os ombros dos governantes e, como consequência, a permanência de problemas no cotidiano da população. No ano passado, o Governo do Distrito Federal teve o orçamento autorizado de R$ 18,06 bilhões. No entanto, o valor realmente gasto ficou aquém do esperado: R$ 13,8 bilhões. Desta forma, R$ 4,26 bilhões ficaram de saldo orçamentário – em outras palavras, não foram gastos.
O valor salta aos olhos por representar um quinto do orçamento do DF. Em termos percentuais, mais de 22% dos recursos previstos não se transformaram em obras e projetos sociais para a população em diferentes setores da máquina pública. Isso significa que de cada R$ 10 que poderiam ter sido investidos, R$ 2 não se materializaram em serviços públicos. São valores que poderiam ter melhorado a rede pública de saúde, diminuído os buracos nas pistas, ou reforçado a estrutura das escolas públicas.
As possibilidades perdidas despertaram preocupação dentro da Secretaria de Planejamento. Enquanto esteve à frente do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto alcançou uma execução orçamentária de 99,6% dos recursos da pasta. Na condição de secretário de Planejamento, Barreto considera importante que o DF tenha desempenho semelhante. “Não falo do mesmo desempenho, porque o DF é muito maior do que um ministério”, diz.
Segundo o secretário, é preciso fazer uma avaliação caso a caso. “Pode ter sido uma por dificuldade em licitação ou por problemas logísticos, disputas judiciais”, exemplifica. Em uma análise geral, a pasta identificou que a maior parte do saldo orçamentário é referente a receitas frustradas e a operações de créditos “carimbadas”, que não podem ser realocadas.
Aos olhos de Barreto, independentemente da razão, a soma causa preocupação, uma vez que se pedem recursos para investir, e não para sobrar. Por isso, o secretário planeja uma série de medidas para melhorar a gestão do dinheiro público.
Jornal de Brasília
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